terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Passos para fazer uma almofada decorativa de crochê

Estes passos para fazer uma almofada decorativa de crochê te permitirão saber como fazer almofadas bordadas para decorar as poltronas, sofás e cadeiras da sua casa, com bonitos e coloridos desenhos. Anime-se, é muito fácil!

Se você quer embelazar as cadeiras e poltronas da sua casa, pode escolher alguma das 3 ideias de almofadas de crochê, que se apresentam a seguir.
No entanto, antes de começar, leve em conta estes passos para fazer uma almofada decorativa de crochê:
  • Aproveite lãs e linhas que tenham sobrado de outros trabalhos manuais. Se você combinar cores e texturas, os resultados serão bemo mais bonitos.
  • Selecione o esquema que mais te agradar. Assim que tiver feito as 2 peças de cada almofada, una elas entre si com ponto baixo, deixando um extremo aberto para inserir o recheio.
  • Escolha um retalho e corte 2 peças do tamanho e forma da sua almofada. Se a trama do tecido é aberta, fica muito bem na cor contrastante.
  • Una-as entre si e recheie esta peça com espuma de borracha ou algodão.
  • Insira-a no interior da sua almofada feita em crochê e feche com ponto baixo.


Leia mais sobre: http://br.innatia.com/c-trabalhos-costura-croc-pt/a-passos-para-fazer-uma-almofada-decorativa-de-croche-1340.html

TRABALHOS MANUAIS PERSONALIZE AS SUAS CANECAS

Incentive as crianças a personalizar canecas e faça crescer a sua imaginação com canecas-decoráveis, para pintar, apagar e escrever. Elas vão ficar felizes como nunca ao pequeno-almoço.
Vai precisar de:
  • Canecas.
  • Tintas (para decorar posteriormente) e pincéis.
  • Um recipiente.
Material necessário

Passo 1

Antes de deitar a tinta no recipiente, mexa com o pincel certificando-se que está bem misturada. De seguida, despeje-a.
Passo 1Passo 1

Passo 2

Mergulhe a caneca na tinta até à altura desejada. Tenha cuidado para não submergir a caneca, para que a tinta não chegue à zona onde coloca os lábios. Tente fazer uma linha o mais reta possível à volta da caneca.
Passo 2

Passo 3

Mantenha a caneca levantada sobre o recipiente para que o excesso de tinta caia. Espere que parem as gotas. Esta tinta é espessa, por isso não deve demorar mais do que uns minutos.
Passo 3

Passo 4

Coloque a caneca a secar, com o lado pintado para baixo. Tenha cuidado de não tocar na parte pintada para evitar marcas de dedos. É uma operação delicada por isso é melhor que seja um adulto a fazer. Leia as recomendações das tintas: em um ou dois dias estará seca e pronta para decorar.
Passo 4

Passo 5

Quando passarem dois dias, todos poderão desenhar ou escrever uma pequena nota de amor nas canecas! Uma boa ideia que fará com que o tempo passado em família seja mais precioso. Só não se esqueça de comprar giz e um apagador!
Passo 5
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PRESENTE PARA O DIA DO PAI: CADERNO DE VIAGEM

Propomos-lhe que prepare e entregue tudo numa caixa bonita e personalizada, porque assim o presente será tão bonito como prático para guardar.

Vai precisar de:

  • Um caderno grande e bonito.
  • Diferentes papéis de scrapbooking.
  • Algumas lembranças e fotografias das vossas melhores viagens juntos, para que vá começando.
  • Diferentes canetas e marcadores.
  • Lápis.
  • Furadores, post-its e selos.
  • Etiquetas ou rótulos.
  • Tesoura, etc.
A caixa de cada pai tem que ser especial e única, por isso tente usar apenas os elementos que gostam. Por exemplo, se gosta do mar, introduza detalhes com motivos de marinheiros. Pense que pode personalizar tudo como queira, desde a caixa até ao próprio caderno.
Pode descarregar modelos da Internet, comprar material numa papelaria e imprimir algumas fotos divertidas de família, até decorar a caixa com letras de madeira ou borracha para fazer o seu nome.
Que lhe parece esta ideia? Gostou desta artigo? Esperamos que sim! Faça “Gosto” ou deixe um comentário. Se desejar, leia também o artigo Organize uma festa de aniversário para a sua filha.

Ariano Suassuna

Ariano Suassuna

Ariano Vilar Suassuna nasceu no dia 16 de junho em 1927 na cidade da Paraíba, hoje João Pessoa, na época em que seu pai, João Suassuna, era presidente do Estado da Paraíba. Quando seu pai deixou o cargo, a família se mudou para o sertão do Estado; ali Ariano passou grande parte da sua infância, entre os municípios de Sousa e de Taperoá. Em 1943, Ariano e sua família mudaram-se para o Recife, cidade em que viveu até sua morte em 2014. Ariano foi casado com D. Zélia de Andrade Lima, com quem teve seis filhos. Apesar de ser mais conhecido como romancista, dramaturgo e poeta, Ariano Suassuna também foi um grande artista plástico, e é sobre esta faceta do grande mestre que dedicaremos esta publicação.

Ariano Suassuna. FOTO: Leonardo Aversa.

Ariano Suassuna foi sempre um grande defensor e difusor da cultura popular brasileira. Juntamente com um grupo de artistas e escritores, fundou em 1970 em Recife o Movimento Armorial, que tinha objetivos a construção e a valorização de uma arte erudita essencialmente brasileira, a partir de elementos da cultura popular nordestina. [...] A Arte Armorial Brasileira é aquela que tem como traço comum principal a ligação com o espírito mágico dos "folhetos" do Romanceiro Popular do Nordeste (Literatura de Cordel), com a Música de viola, rabeca ou pífano que acompanha seus "cantares", e com a Xilogravura que ilustra suas capas, assim como com o espírito e a forma das Artes e espetáculos populares com esse mesmo Romanceiro relacionados [...], escreveu Ariano em 1975. Segundo o mestre, o termo armorial se referia “a um conjunto de insígnias, brasões, estandartes e bandeiras de um povo, a heráldica é uma arte muito mais popular do que qualquer coisa”. Assim sendo, o Movimento Armorial significava o desejo de ligação com essas heráldicas raízes culturais brasileiras. O Movimento valorizava a pintura, a música, a literatura, a cerâmica, a dança, a escultura, o teatro, a gravura, o cinema, dentre outros. Neste contexto, o Mestre Ariano contribuiu, não somente como um idealizador do movimento e incentivador destas manifestações artísticas, mais também como um destes artistas, sobretudo na literatura, na gravura, na pintura e no teatro.

Ariano e sua esposa D. Zélia. Reprodução fotográfica autoria desconhecida.

A arte plástica de Ariano foi iniciada juntamente com a sua literatura. O mestre costumava ilustrar as páginas de seus manuscritos com motivos florais, figuras fantásticas, dentre outros, que cobriam as margens do papel numa espécie de moldura para o texto. Nos romances A pedra do reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-volta, decidiu ilustrar ele mesmo os livros. Ao contrário das gravuras tradicionais, as dos seus romances têm papel estrutural na história e normalmente são assinadas por um dos personagens. Mais trade, com o Movimento Armorial, Ariano combinou a iluminura (Técnica praticada na Idade Média, que consistia em uma pintura decorativa aplicada às letras capitulares dos códices de pergaminho medievais) com a gravura, criando assim a iluminogravura, uma espécie de “poesia visual”. Imagens de cavaleiros, animais, brasões, armas, bandeiras, cruzes se misturava à poesia do Mestre e de outros grandes poetas brasileiros, a exemplo de Augusto dos Anjos.

Ariano Suassuna, ilustração do romance A pedra do reino.

Ariano Suassuna, ilustração do romance A pedra do reino.

Na confecção das iluminogravuras, Ariano primeiro produzia uma matriz com suas ilustrações combinadas com poemas manuscritos, feitos em nanquim sobre papel. A partir daí fazia cópias em uma gráfica, através do processo offset e, manualmente coloria os desenhos com tinta guache, óleo e/ou aquarela. O texto era escrito com letras que lembravam as marcas de gado feitas com ferro quente. Baseado nestas marcas, Ariano desenvolveu um trabalho tipográfico ligado à sua heráldica sertaneja: o Alfabeto Armorial.

Tipografia armorial

Ariano SuassunaA Acauham. A Malhada da Onça, guache sobre impressão offset.

Ariano SuassunaO mundo do sertão, guache sobre offset.

Ariano SuassunaA estrada, guache sobre impressão offset.

As iluminogravuras de Ariano eram criações inspiradas na arte popular e rupestre do Brasil. As figuras, humanas ou não, lembram a xilogravura de Gilvan Samico e J. Borges. O sertão sempre presente, é retratado com um lugar sagrado e místico, com seus cavaleiros, profetas, bandeiras e brasões, destacando sua beleza, mas sem negar as suas mazelas. Sobre essa sua faceta de artista plástico, Ariano era muito modesto. Dizia que era um escritor que ilustrava livros. Apesar das ilustrações e iluminogravuras serem mais conhecidas dentro da obra do artista plástico Ariano Suassuna, ele também pintou alguns quadros em tela.

Capa de uma série de iluminogravuras de Ariano Suassuna.

Ariano SuassunaLápide, guache sobre impressão offset.

Ariano SuassunaO reino da Acauhan, guache sobre impressão offset.

Ariano era formado em Direito, pela Faculdade de Direito do Recife, hoje Centro de Ciências Jurídicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Na UFPE foi professor durante 31 anos, atuando nos Departamentos de História e de Teoria da Arte e Expressão Artística, onde ministrava disciplinas como Estética, Literatura brasileira e Teoria do Teatro. Ocupou ainda o cargo de secretário de cultura do estado de Pernambuco durante os governos de Miguel Arraes e de Eduardo Campos. Era membro da Academia Brasileira de Letras.

[...] Arte pra mim não é produto de mercado. Podem me chamar de romântico. Arte pra mim é missão, vocação e festa. (Ariano Suassuna, 1927-2014).

Arte e Cultura do Brasil – O que é Arte?

O termo Arte deriva do latim Ars, ou Artis, cujo significado é Habilidade. Arte, em palavras simples, é o ato de fazer, produzir ou criar algo. A arte é mutável, ou seja, cada sociedade, cultura e época produz estilos artes diferentes. Apesar do conceito atual de arte nos remeter a algo que serve para ser apreciado ou decorar, seu sentido é muito mais amplo e antigo, pois a habilidade de criar objetos e ferramentas de sobrevivência que o Homem primitivo possuía também é arte! Desde uma faca confeccionada com osso até os desenhos encontrados nas paredes das cavernas.
A arte é também multifuncional: ela pode ter um sentido sagrado, quando religiosa. Pode ser uma crítica a algo. Pode ser simplesmente decorativa também. Ela expõe as ideias e pensamentos de seu criador fazendo uso de estilos e estéticas distintas. O Estilo é a sua forma e a Estética é o seu fundamento.  Cada movimento artístico ou escola literária representa a interpretação dos cenários, objetos, cotidiano e visão de mundo de determinada sociedade ou grupo.
Mosaïque de l'impératrice Zoé, Sainte-Sophie (Istanbul, Turquie)
Arte Bizantina de Mosaico
Dentre os inúmeros movimentos de arte, podemos citar o Arcadismo, a Arte Bizantina, a Arte Cristã Primitiva, a Arte Egípcia, a Arte Grega, a Arte Romana, o Expressionismo, o Movimento Barroco, o Minimalismo, a Art Déco, a Art Nouveau, o Movimento Renascentista, o Romantismo, o Futurismo, o Dadaísmo, o Cubismo e o Tropicalismo, dentre muitos outros.
A arte pode se manifestar através da simbologia dos objetos e esculturas, através de uma performance artística, através da música, através dos sinais e de muitas outras maneiras. É possível criar pontes que conectam as diversas manifestações artísticas. Os aspectos de um povo podem ser conhecidos por nós através da arte, e por isso a sua preservação é de extrema importância. Ela revela a pluralidade da humanidade através da multivisão da mesma. A arte não possui início e nem fim, pois ela é o meio.
Menino com Cachimbo, Pablo Picasso
Expressando suas emoções, contando suas histórias e demonstrando os seus valores, o ser humano, através da arte, foi moldando a sociedade. A arte evoluiu a tal ponto que hoje ela se faz presente em muitas coisas do nosso cotidiano que nós não nos damos conta! Os filmes que vemos na televisão – a própria televisão também, de certa maneira – os shows teatrais, os espetáculos musicais, as esculturas, a jardinagem, as arquiteturas das construções, as roupas que nos vestem, as diversas gastronomias dos povos, tudo isso é arte expressa, cada coisa tem um valor específico, um significado, um propósito. Quando estamos tristes podemos escutar uma música ou ler um poema. Podemos assistir ao filme que nos agrada no cinema ou em casa. Se queremos nos emocionar também! Podemos nos expressar escrevendo, compondo uma música, atuando.
Vasos Indígenas de Cerâmica

Arte e Cultura do Brasil


O Brasil hoje conta com 17 bens culturais e naturais tombados pela UNESCO. O Cristo Redentor faz parte das Sete Maravilhas do Mundo Moderno. A cultura brasileira é riquíssima, graças à miscigenação das culturas indígenas, africanas, europeias, latino-americanas e asiáticas da nossa sociedade.
Na artes cênicas brasileiras destacam-se as danças, o teatro e os espetáculos circenses. Segundo os documentos e arquivos históricos, o padre José de Anchieta fez uso da arte teatral para atrair a atenção e ganhar a empatia dos índios, e catequizá-los. Nos séculos posteriores o teatro brasileiro se diversificou com peças espanholas e portuguesas trazidas pelos colonizadores.
Já as danças brasileiras receberam e ainda recebem influências vindas dos mais diversos países. As danças indígenas se misturaram às africanas, europeias, orientais e árabes, dando origem aos mais diversos estilos, como o Samba, o Frevo, o Baião, o Maxixe, a Gafieira, oXaxado, o Forró, o Axé e o Fandango, por exemplo. Muitas dessas danças são folclóricas e tradicionais.
Frevo: Ritmo e Dança Pernambucanos
Nas artes visuais brasileiras destacam-se as esculturas, artesanatos e danças das mais diversas etnias indígenas. Cada região brasileira possui arquiteturas, decorações, modas e artesanatos distintos. Nas regiões Sul e Sudeste, como em Minas Gerais e Santa Catarina, por exemplo, destacam-se as vasilhas, as jarras, os potes e as panelas feitas de barro, além dos utensílios feitos com folhas de bananeira. Também ganham destaque as colchas e tapetes confeccionados em tear manual e os artesanatos feitos de minérios, como os talhados em pedra-sabão.
Na região Norte o bordado é bastante popular, e as cerâmicas de estilo único, com influência indígena, ganham destaque, como o estilo marajoara e o tapajônico. No estado do Amazonas, por exemplo, as artes confeccionadas com madeira, metais preciosos e sementes são bastante característicos da região.
figuras-indígenas
Figuras Indígenas
Tapeçarias e outros trabalhos feitos com madeiras, sementes, frutas e barro, como os animais de porcelana e moringas de barro marcam presença na região Centro-Oeste, como nos estados de Mato Grosso e Goiás. O estado do Ceará ganha destaque com a renda de bilro. Objetos feitos com fibra de algodão, trançados de palha, bambu, carnaúba e cipó também são característicos dessa região.
As artes plásticas no Brasil ganharam impulso na Semana de Arte Moderna de 1922. Dentre os artistas dessa época, destacam-se Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Portinari, que ganharam projeção internacional, além de muitos outros.


Semana de Arte Moderna


A Semana de Arte Moderna de 1922 foi um evento bastante revolucionário para a época, pois desafiou os conceitos elitistas de arte. A estética que buscava a perfeição, cujos quadros sempre procuravam retratar a realidade como uma fotografia, foi muito apreciada no século XIX. Entretanto, alguns intelectuais brasileiros sentiam que era preciso buscar novas formas de expressão artística. Estes não sabiam ao certo como isso deveria ser feito, mas sentiam que era preciso haver mudanças inovadoras, abandonando assim valores e conceitos antigos de estética, muito apreciados pela elite brasileira. Na Europa, durante essa época, novas tendências artísticas estavam surgindo, mas a elite brasileira – principalmente as paulista e carioca – devido ao conservadorismo, não as compreendiam e as rejeitavam.
Na literatura, alguns anos antes de 1922, as críticas aos conceitos antigos ganharam força, destacando-se nomes como Manuel Bandeira, Oswald de Andrade e Guilherme de Almeida. Anita Malfatti era um dos artistas que buscavam a inovação, e realizou a sua primeira exposição modernista no ano de 1917, dando força à busca pela inovação na pintura. As obras de Malfatti receberam influência de diversos estilos artísticos, como o Cubismo, o Futurismo e oExpressionismo – ainda desconhecidos por muitas pessoas – o que causou um choque na sociedade brasileira da época. O escritor Monteiro Lobato, de mentalidade conservadora, lançou diversas críticas à artista, e esse episódio serviu como “combustível” para a futura Semana de Arte Moderna vir a surgir.
Modernistas em 1922
Era uma época no Brasil onde as cidades se industrializavam e se urbanizavam cada vez mais, e as vanguardas europeias ganhavam cada vez mais espaço. O Rio de Janeiro era a capital brasileira, e ditava muitos dos costumes culturais. A Semana de 22 veio para quebrar os conceitos conservadores brasileiros. Seu início se deu no dia 11 de fevereiro de 1922, no antigo Theatro Municipal de São Paulo, e sua exposição ficou aberta ao público nos dias 13, 15 e 17.  A repercussão causada por ela marcou as décadas seguintes, tanto nas artes visuais como na arquitetura e nos futuros movimentos artísticos.
Abaporu, Tarsila do Amaral
Os artistas modernistas buscavam ideias inovadoras, misturando os estilos vanguardistas europeus com a arte brasileira. A insatisfação do público foi geral, como já era de se esperar. As críticas foram ferrenhas, mas isso não freou o movimento que buscava o progresso. Incompreendida em sua época, a Semana de 22 só teve sua importância constatada ao longo do tempo. Outros movimentos surgiram mais tarde, inspirados na Semana de Arte Moderna, como o Movimento Antropofágico, o Movimento Pau-Brasil, o Verde-Amarelismo e o Grupo da Anta. Todos estes buscavam uma ruptura com os conceitos ultrapassados e tiveram seus valores reconhecidos, dada sua importância na história da arte brasileira e mundial. O Modernismo provocou mudanças significativas na cultura brasileira.
Tropical, Anita Malfatti

História da Arte Brasileira

Para que possamos conhecer a história da arte brasileira é preciso que a gente compreenda como se deu a relação entre os europeus, ao chegarem no Brasil, e os povos indígenas. Estes últimos detinham conhecimentos milenares, como a arte plumária, a arte cestaria, a arte musical e a arte de pintura corporal.
A arte indígena é a continuação das pinturas e demais manifestações da arte rupestre, ou seja, pré-histórica. Os índios ornamentavam seus corpos à base de 3 cores principais: a vermelha, feita com sementes de urucum, a preta, extraída do jenipapo e a branca, extraída da tabatinga. Essas pinturas permitiam que cada membro da tribo pudesse ser identificado de acordo com o grupo social que ele pertencia. Portanto, o “povo comum”, os guerreiros e os nobres tinham suas respectivas pinturas.
Os povos indígenas procuravam se diferenciar dos animais, modificam parte da natureza para criarem suas próprias culturas e crenças. Os signos e padrões geométricos das pinturas, a cerâmica utilizada no dia-a-dia, as estátuas, as maracas e os enfeites de plumas não cumpriam o mesmo papel e conceito que temos de arte, meramente decorativo. Para os índios, tudo havia um motivo, toda a arte cumpria seu papel ritualístico sagrado.
Os colonizadores não enxergavam o que os índios faziam como arte, devido à diferença entre as visões dos povos. Para os europeus a arte indígena não era muito importante, quanto menos valorizada, ao contrário de hoje em dia. O Brasil era uma terra desconhecida para os colonizadores, servindo como um lugar onde os degredados eram trazidos como forma de sofrerem uma punição. O território foi explorado por aventureiros e colonizadores que queriam obter lucros através da extração de pedras preciosas, plantas e novas terras.

Algo que influenciou a civilização brasileira foi também o contato entre os jesuítas e os índios. Os colégios foram as primeiras escolas brasileiras de belas artes. A arte dos jesuítas, dotada de um espírito religioso profundo, contava com afrescos em paredes, a pintura têmpera e a tinta à base de óleo. Esse tipo de arte recebia influência direta dos estilos artísticos europeus, como o Barroco. Os desenhos, gravuras, estampas e pinturas dos artistas – quase sempre autodidatas – feitos no Brasil dependiam dos religiosos que traziam as obras e os estilos de arte da Europa.
No ano de 1637, durante a Missão Holandesa, as terras brasileiras receberam Maurício de Nassau, cuja intenção de sua vinda era a de trazer melhorias para o ambiente cultural do Brasil. Maurício de Nassau trouxe homens cultos e protestantes – assim como ele era – com a motivação de retratarem a colônia portuguesa, ganhando a antipatia dos jesuítas. Muitos holandeses se fixaram na região do Nordeste. As obras geralmente retratavam os nativos, a flora, a fauna e as regiões rurais do Brasil.
Ruínas de São Miguel Arcanjo, no RS
O período Barroco no Brasil teve seu desenvolvimento entre os séculos XVIII e XIX, quando o Barroco europeu já estava em declínio. Há certas diferenças entre o estilo Barroco de acordo com as regiões. As que obteram seu enriquecimento através da exploração da mineração e da comercialização de açúcar -como o RJ, a BA e MG – apresentam obras com detalhes e acabamentos melhores. As regiões menos ricas, por sua vez, apresentam um estilo Barroco mais modesto.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Arte nos dia de hoje??

Sinapse por Christian Michelassi, 06/07/09
Quando falamos em arte, a referência que temos é logo os grande museus da Europa. Isso se você for visitar e apreciar aqueles quadros do Renascimento, do período barroco e Modernismo. Mas e a arte moderna? Como fazemos para ter contato com ela?
Ao contrário do que muitos podem pensar, arte não mais se resume apenas a pintura, escultura e música. Hoje, ilustrações, grafites, instalações, e até o meio digital é considerado arte.
Mas como eu vejo esses tipos de arte?
Comecemos pelo grafite. Da marginalizada pixação surgiu o grafite, uma forma desenhar usando tinta nas paredes dos centros urbanos. Mentes conservadoras se preparem: Isso também é arte. Principalmente quando se fala de cidades altamente urbanizadas, concreto para todos os lados. Nessas cidades, como São Paulo, a vida tem se tornado cada vez mais funcional, tomando o espaço que deveríamos dedicar ao lazer, esporte, e para a arte.
O Brasil tem se destacado muito nesse meio. Os gêmeos, Zito e Titi Freak são nomes internacionalmente conhecidos e suas obras estão espalhadas pela cidade. Explorando esse mercado, algumas empresas fazem até roteiros turísticos para mostrar essa arte aos interessados.
Os gêmeos tem obras estampadas em paredes até da Europa. Nesse vídeo abaixo eles pintam as paredes de um castelo em Glasgow. Luxo pouco é bobagem!
E se eu quiser comprar uma obra de arte? Preciso ser um mecena, ir a uma galeria ou conhecer um artista para encomendar meu retrato?
Não. Hoje tudo é mais fácil. Existem várias galerias de arte pela internet, nas quais você olha as obras virtualmente, paga e elas chegam na sua casa. Essas obras não são dos pintores clássicos. Esses artistas são contemporâneos e são buscados principalmente por aqueles que gostam da cultura underground. A Galeria Magenta é uma galeria brasileira que vende a arte de ilustradores brasileiros. E vendem inclusive para o exterior, elevando nosso status de consumidor de arte para também produtor.
Amigo, para a internet não há limites. Sua avó nunca diria que obras de arte seriam compradas por uma máquina de plástico com uma tela de vidro e chegariam na sua casa, sem ao menos usar papel moeda para pagar. Na verdade, a internet é o meio que disponibiliza essa grande variedade de itens para as pessoas, porém no caso dessas galerias, seus clientes estão em busca de exclusividade, e exclusividade é o que a arte pode proporcionar.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Justiça nega liminar para pagamento dos PSS

Justiça nega liminar para pagamento dos PSS

A APP-Sindicato está recorrendo ao Órgão Especial da Justiça do Paraná com pedido de reconsideração da decisão inicial
A Juíza Substituta em Segundo Grau do Plantão Judiciário, Cristiane Santos Leite, negou o pedido de liminar impetrado pela APP-Sindicato, afim de que o governo do Estado efetuasse de imediato o pagamento dos salários do mês de dezembro aos(as) educadores(as) contratados(as) temporariamente (PSS).
A juíza considera que, embora os argumentos jurídicos da ação sejam relevantes, a própria Constituição Estadual estabelece que "os vencimentos dos servidores estaduais devem ser pagos até o último dia do mês vencido, corrigindo-se os seus valores, se tal prazo for ultrapassado". Desta forma, entendeu a autora do despacho, que o governador tão somente precisaria garantir a correção monetária dos salários em atraso. 
 Diante de tal negativa, o Jurídico da APP, por meio da advogada Gisele Soares, está recorrendo ao Órgão Especial com pedido de RECONSIDERAÇÃO da negativa inicial, entendendo que, como se trata de ação em que o interpelado é o próprio governador, cabe ao Órgão Especial da Justiça Estadual tal decisão e não a uma autoridade da instância de Segundo Grau.
 A direção da APP-Sindicato considera absurda a falta do pagamento dos salários dos educadores e educadoras PSS. Esta medida é mais uma das ações que o governo Richa toma sem qualquer debate com a categoria. Mais uma vez pega os(as) trabalhadores(as) de surpresa como foi com a eleição de diretores e diretoras de escolas, fechamento de turmas, impedimento de matrículas em séries iniciais, além do famigerado retorno das cobranças de 11% dos salários dos aposentados e aposentadas do Estado, com valores salariais que ultrapassem o teto do INSS. 
Além de recorrer da decisão judicial, a APP continua pressionando o governo para que o pagamento dos salários seja feito o mais rápido possível.